Ainda estou incerto se de fato o sinto, por entre dores e leves lágrimas. Paixão, eu não sei, ai se não. Mas tem doido como uma dor perda, como se meu coração se deslocasse para onde eu não o direcionei e com facilidade anda por entre esse caminho do que caracteristicamente é dele e somente dele, eu sinto como se acordasse para lembrar-me de sua existência, e fosse dormir para que possa vê-lo no outro dia.
Fome que me dá e vontades perdidas de ir atrás, eu quero ser o melhor de mim, ser menos crítico e insatisfeito com tudo o que tenho, ser o senhor da minha vida para que possa controlá-la do jeito que melhor se encaixe pra ele, que eu possa dar tudo o que for meu, e que minha entrega seja completamente genuína.
Eu não imaginei que estaria sentindo isso dessa forma, nesse momento. Nesse instante, eu ao mesmo tempo que me alegro, choro, também choro por entre as dores de amá-lo, posso dizer isso? Posso afirmar durante uma semana que nos conhecemos que eu tenho uma ligação inexplicável com o que ele é? Eu não culpo o sorriso, ou jeito, a forma, porque um todo em si só se compõe quando penso, é como se fosse fumaça de sua alma espalhada por entre a áurea de estar perto dele.
Eu estou como um súbito de seus desejos, a todos os pedido quero dizer sim, a todas as suas ansiedades, minha devoção. Eu queria ter todo dinheiro do mundo para que pudesse lhe dar absolutamente tudo que fosse importante para ele. Eu queria ser o melhor ser humano para ser companhia para ele. Eu queria ser o meu melhor a todo instante.
Por entre minhas mãos que tapam meu rosto de choro, o que não gosto de ninguém veja, derramo pedaços meus, minha cabeça dói por uns latejos repentinos, é hora de parar de chorar.
Se eu pudesse ser o todo, se inseguranças não coubessem em mim, poderia relaxar e peço a mim mesmo que seja prático o suficiente para fazer isso. A Fera que se guarda em mim agora chora de dores nos lugares escuros o qual faz sua morada, ali no ilógico espaço onde esta faz sua casa, agora deprimi-se num canto talvez, e olha pra lua dos meus olhos, que é por onde a luz entra para que possa enxergar ela se ergue. É magnífico, tão hipnótico que então ficar por horas olhando e então de súbito uma facada lhe desse por dentro e acaba-se em choro, onde se entrega. Ali, num momento no chão queria chorar de todo para que pudesse se livrar de vez do aperto que é constante, mas não consegue, nem as águas para fora lhe aliviam. Deita-se para que possa viver um pouco em paz, pede por sono, que não vem assim, tão fácil.
Eu acho que o amo, da forma mais dolorida, eu o amo. Eu o amo a ponto de ser seu escravo, de dar o que quiser para que seja um pouco mais feliz, para que seja feliz pra sempre, para sua alma sinto o renovo constante do que o Universo oferece. Eu o amo, e nada mais tem importado, nada mais tem tomado tanto lugar, eu tenho o que estudar, bastante, eu quero ficar calado somente, corro às palavras para que sinta o alívio, para que aceitação seja meu sentimento e não siga escravo da repressão ou negação. Quero portanto que se cale, para que possa me concentra, não o amor, que esse me enche o suficiente, a dor.